quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Previdência Social


Ainda a Previdência: não vou repetir o que tenho dito. Vale sim argumentar contra a entrega de uma questão decisiva para o futuro de nossas gerações nas mãos do mercado financeiro, pois é isso que representa a adoção do sistema de capitalização.  Aparentemente o argumento é sentido como correto, afinal você contribui durante sua vida de trabalho e recolhe sua aplicação no fim dessa jornada. Mas temos o exemplo do FGTS, os juros praticados foram até aqui muito inferiores a outras aplicações e a razão é que o aplicador é cativo não tem muitas opções e o mercado financeiro é extremamente instável. O banco não perde nunca e se houver perda quem vai pagar mesmo é o tesouro. E as perdas são fatais no longo prazo se o país não crescer sempre abundantemente, o que não é garantido. E afinal, se o país crescer fortemente, o emprego cresce e as contribuições à Previdência também cresceriam e não haveria crise na previdência.  A menos que o governo tenha algum recursos metodológico para garantir bons resultados, mas teria de ser contra as regras do sistema financeiro. Isso foi ensaiado no Chile. Nos primeiros 20 anos se mostra como um grande sucesso, pois ninguém se aposenta. Quando os aplicadores alcançam a idade de benefícios começam os problemas. Não li ainda o texto de projeto, argumento  em tese sobre o modelo de capitalização. Tenho a esperança que o governo adote algum sistema de defesa dos interesses sociais. Lembrança recorrente: Na Previdência se trata de um contrato social e isso quer dizer muita coisa.



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