domingo, 10 de dezembro de 2023

      

OS CONFLITOS ATUAIS

  1. Todos os conflitos que atualmente ocupam nossa mídia e abalam nossas esperanças de um mundo melhor, contêm um fundo de verdade, guardam meias verdades e não se justificam junto ao conceito das Nações Unidas, o maior instrumento de desenvolvimento e paz já criado pelas próprias nações que ocupam esse planeta.
  2. O mais antigo deles é o do Oriente Médio onde os palestinos são tratados há anos como cidadãos de segunda ordem e Israel ocupa contra a decisão de meio mundo no seio das Nações Unidas. Estranham que um grupo radical avance com pedras e paus contra um circo armado na sua porta celebrando um mundo que está proibido a eles. Fazer show de música e alegria nas barbas do povo ocupado é no mínimo falta de piedade. Pau e pedra porque faltam-lhes outras armas que sobram em Israel. Não estou justificando, sou pela justiça e paz. Israel tem o direito de se defender mas não acho que os palestinos ameacem esse país, eles não têm força para isso. Seus foguetes são bombas caseiras que são barrados facilmente pelas barreiras tecnológicas de Israel. E se esquece que juridicamente a defesa tem de ser proporcional à ofensa. Não vejo proporcionalidade. Sem discutir as escalas, apenas para facilitar o raciocínio, Israel faz um massacre étnico, quase como lhe fizeram na Grande Guerra. Com a desculpa de acabar com o Hamas, sabendo que não se acaba com um movimento social radical, apenas os justifica, O Hamas está distribuído pelos países árabes vizinhos, como acabar com o Hamas?  Israel vai destruindo um país. E nem tem o outro lado do mesmo país como exemplo, porque lá na Cisjordânia pratica a neocolonização, expulsando os moradores locais para fazer a ocupação
  3. Que saudade do Israel de origem, um país que assombrou o mundo com seu projeto de conquista do deserto e convívio de paz com os vizinhos. Recordo que não confundo o governo de Israel de hoje com a lendária história dos judeus, nossos irmãos bíblicos.

  4. A Região do Essequibo é litigiosa, conforme reconhece o último acordo. Então não há estranhamento nessa reivindicação venezuelana. Mas a forma é totalmente irregular e talvez apenas um ato político. O certo é reabrir a questão e acorrer às Nações Unidas. Talvez um estado fraco como o guianense seja o prato desejado pelas petroleiras que exploram esse país. Que tal mostrar ao mundo os contratos existentes atualmente.  Vão construir na Guiana um novo califado com um poço ao lado?
  5. A Ucrânia já tem potencial de país com maturidade para exercer sua independência e soberania. Mas sua posição geopolítica entre potências ambiciosas faz com que seja preciso ter acordos para não reforçar um ou outro de dois grupos gigantes de conglomerados políticos. De novo o instrumento teria de ser as Nações Unidas.
  6. O problema é que o mundo passa por um momento de anestesia mental onde vale o livro de Bárbara Tuchman sobre a "Marcha da Insensatez, de Troya ao Vietnã" (e podemos estender a todo o Planeta Terra).
  7. Gosto
  8. Comentar
  9. Partilhar

  10. Escreve um comentário...
  11. O jornal Globo traz hoje duas faces do conflito no Oriente Médio. Um diplomata de Israel no Brasil tenta explicar por quê morre mais palestino que israelense, usando puras falácias. E do outro lado a especialista italiana Francesca Albanese, relatora das Nações Unidas, num trabalho informativo das regras internacionais, de página inteira, mostra como Israel está fazendo limpeza étnica com os palestinos, empurrando-os para o Sinai o que lembraria os judeus no gueto de Varsóvia, no Holocausto. Ela denuncia a ocupação israelense na Zona de Gaza e, pior, no território palestino da Cisjordânia. Enquanto seja certo que os judeus comuns são iludidos porque eles vêm também das mesmas origens palestinas, as autoridades radicais extremas fazem o que aprenderam na Guerra, a tentativa de extermínio de um povo, nas barbas da comunidade internacional, com o patrocínio dos Estados Unidos. Francesca diz claramente que não foi o Hamas que deu início a essa guerra, embora tenham sido bárbaros em outubro, Gaza está ocupada sob punição israelense desde antes de 7 de outubro e na verdade desde a criação de Israel em 1947. O país palestino é um território ocupado por Israel desde então e não tem autonomia para investimentos e modo de vida regular. O que recebe de ajuda não pode ser usado em desenvolvimento. Chega de submissão a um cerco midiático contra os palestinos, que os próprios árabes , seus irmãos, como Israel, com suas distorções financeiras também não ajudem. O sonho de Israel é expulsar do mapa os palestinos e incorporar todo o território na região. Não Vê quem não quer. E infelizmente.

    Nenhum comentário: