sábado, 16 de março de 2024

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Conteúdo partilhado com: Público
Público
A Psicologia Social valoriza os mecanismos de defesa de nossa personalidade, coisa que praticamos mecanicamente em nosso cotidiano. A colunista Ruth de Aquino, no Segundo Caderno de O Globo nos fala hoje do filme "Zona de Interesse" e do muro que separa física e mentalmente o campo de Auschwitz da casa de família cujo chefe é o responsável pelo campo. Ao extrapolar para o mundo cotidiano Ruth faz um síntese significativa: "O muro está também em nossa retina, olhamos para outro lado, tapamos os ouvidos. Evitamos os noticiários sobre o genocídio em Gaza, o afogamento de imigrantes, os massacres na África, os envenenamentos na Rússia, os bombardeios na Ucrânia. Os tiroteios, sequestros, assassinatos nas rodoviárias, nos trens, no morro do lado de nossas casas. Ali, bem ali onde moram nossas empregadas e suas famílias." E adverte: "É inevitável sentir calafrios com o avanço da extrema direita em todos os continentes. Com uma linguagem bélica, ultranacionalista e ameaçadora". São tempos tóxicos, difíceis de respirar e ver a realidade que se expressa ao lado, conjugada ao meio ambiente que se nos oferece como o ovo da serpente. E quem pode fazer, as elites e os poderosos, usam certamente seus mecanismos de defesa, quando ou se precisam deles. E nada fazem, como se não fosse com eles

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