Viajar é preciso...
Enquanto o turismo se tornou uma atividade destacada na
economia dos países e na ocupação da sociedade, os serviços prestados são de
notória selvageria. Há uma regressão ao capitalismo predatório. Explorando o
fato do aumento exponencial de passageiros, as companhias abusam de cobranças
de todo tipo, verdadeiras miudezas que reduzem os prazeres de uma viagem,
atropelam o conforto e causam surpresas desagradáveis na articulação de
trajetos. Criam rigidezes que acabam onerando os custos geralmente já elevados
da viagem. Cobram à parte por assentos,
por malas, por parada em escalas, por lugar no avião, por antecedência na
compra, etc. Cada empresa estabelece o tamanho da mala permitida, o que pode
produzir o fato de um viajante ser barrado no meio da viagem porque sua mala já
não atende ao padrão da nova companhia ou do novo trajeto.
Ao mesmo tempo em que os novos costumes acrescentaram o
turismo como uma necessidade, viajar se tornou uma jornada de angústias e
horrores. Mas parece que os prazeres
compensam a exploração, ou não há mesmo alternativas.
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