Amanheci
reflexivo, talvez pelo mal-tempo e o feriado (20\01\20). Daí recuperar alguns
pensamentos do passado, com ajuda do Face. Mas outras reflexões continuam a me
pressionar: O saber é conhecimento mais suas circunstâncias. Toda magia --
aprendemos na Antropologia --- pode implicar outra magia de igual poder e
sentido contrário. Não devíamos votar em candidatos à reeleição nunca, a
rotação no poder é uma das condições da democracia. FHC fez muito mal ao país
ao comprar e instituir a reeleição para presidente. Nos lembrava o saudoso
sábio Millor Fernandes, o pior malfeitor é o mais inteligente. Eleição não pode
ser confundida com produto comercial e submetida a propaganda enganosa, os
candidatos deviam ser obrigados a cumprir suas promessas de campanha a menos
que novas circunstâncias possam explicar suas mudanças, que precisarão ser
muito bem justificadas às nossas autoridades encarregadas de garantir que
eleições não são anúncios de sabonetes ou cervejas, que você pode recomendar
uma e usar outra.
Podem variar
os discursos e as intenções geralmente mesquinhas e imediatistas dos
candidatos, mas a grande nação seguirá o mesmo rumo já traçado de país
periférico, com algum meireles assegurando a preservação dos compromissos internacionais
e um pequeno clube de notórios economistas liberais confeccionando o bolo
governamental.
Muita pena que
o PT se tenha descarrilhado. Era a única verdadeira alternativa política aos
velhos e viciados partidos tradicionais, dominados por artimanhas financeiras
forjadas pelas classes dominantes centradas no capitalismo financeiro. Uma
grande pena para o país, porque além do crime hediondo de roubar o dinheiro
público (todos deviam estar presos e submetidos a vexame para dar exemplo),
perdemos a chance de viabilizar um partido de esquerda no país.
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