terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Ainda a Previdência

 


                

Ainda a Previdência: não vou repetir o que tenho dito. Vale sim argumentar contra a entrega de uma questão decisiva para o futuro de nossas gerações nas mãos do mercado financeiro, pois é isso que representa a adoção do sistema de capitalização.  Aparentemente o argumento é sentido como correto, afinal você contribui durante sua vida de trabalho e recolhe sua aplicação no fim dessa jornada. Temos o exemplo do FGTS, os juros praticados foram até aqui muito inferiores a outras aplicações e a razão é que se trata de um fundo que precisa de segurança. O mesmo iria acontecer com as aplicações previdenciárias. A menos que o governo tenha algum recurso metodológico para garantir bons resultados, mas teria de ser contra as regras do sistema financeiro. Isso foi ensaiado no Chile. Nos primeiros 20 anos se mostra como um grande sucesso, pois ninguém se aposenta. Quando os aplicadores alcançam a idade de benefícios começam os problemas. Não li ainda o texto de projeto, argumento em tese sobre o modelo de captação. Tenho a esperança que o governo adote algum sistema de defesa dos interesses sociais. Lembrança recorrente: A Previdência se trata de um contrato social e isso quer dizer muita coisa.

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