A Entrega do Oscar 03/2021
Todo ano temos por essa época a cerimônia da entrega dos prêmios (Oscars) da indústria do cinema norte-americano, através de sua Academia do Cinema. Alguns filmes são lançados com antecedência no mercado brasileiro, mas os prêmios técnicos e certas atrações ficam para a festejada noite. Não há como ignorar essa famosa transmissão, seus mitos e suas atrações, imaginando sempre que pode ter novidades e surpresas que irão compensar o enorme tempo de duração. Já existem também os que se cansaram com o ritual e os que detestam o conjunto da obra. No fundo pode ser um assunto que nos vai ocupar no convívio social ou laborar dos próximos dias. Dada a importância do cinema (hoje com suas extensões nas redes e na internet) temos de admitir que é o mais destacado evento para os que admiram ou trabalham nesse campo, portanto um momento imperdível para ser desfrutad0 ou criticado.
Tratemos do Oscar de 2019: Além
das naturais discussões sobre as preferências de cada um, pouca coisa digna de
nota aconteceu. A tendência à diversidade humana, que já se vinha ensaiando em
anos anteriores deu a nota central a essa edição. Havia boa quantidade de
minorias com destaques: negros, mexicanos, gordos, feios, barbudos, orientais,
mulheres, mulheres negras, baixinhos, eu diria que um bolsonarista ia protestar
com tanto petista e socialista no salão. Trump obviamente foi tocado de leve: a
humorista inaugural, ao citar o filme mexicano candidato ao Oscar, completou que
o filme não teria de pagar o muro. E o
ator Barden lembrou que o muro não seria construído com dinheiro mexicano.
O tradicional e cafona desfile no
tapete vermelho, se não é evitável, devia trazer o nome de identificação do
usuário, não conhecemos todas as peruas que desfilam, recomendo esperar pela
revista Caras da semana. Aliás, a
transmissão devia aprender com o Boninho, do Big Brother, a usar mais a
linguagem gráfica na transmissão. E as mulheres deviam ser proibidas de usarem
vestidos de noiva, com caldas enormes que dificultavam caminhar e para algumas
dificultavam subir no palco para os prêmios.
O filme premiado, quase um
experimento artesanal, sem roteiro, sem cor, e com filmagem na linha direta da
história, podia receber um prêmio de criatividade e esforço experimental, mas
não um Oscar, com os compromissos mercadológicos de praxe.
Glenn Close se tornou uma grande
atriz, desde Atração Fatal e Ligações Perigosas, mas no filme em causa não
havia papel para provocar seu desempenho acima do normal, talvez devesse
concorrer para atriz coadjuvante.
O filme ganhador é um bom
divertimento, mas cheio de lugares-comuns e seguimentos previsíveis. Tem
possivelmente falha de roteiro. Os atores estão bem, mas o concertista não
enfrenta desafio suficiente para concorrer a prêmio. Pelo menos três filmes tratam da discriminação
racial e da injustiça social, deve ser para desafiar Trump e seguidores mundo afora. Cinema de verdade, com C maiúsculo
se faz fora de Hollywood e não aparece nessa festa. Hollywood vai inaugurar um museu do cinema
que será obviamente uma exaltação de toda a grandeza projetada apenas
resumidamente nessas festas anuais.
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