terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Entrega do Oscar

            

        

A Entrega do Oscar    03/2021

                                             

Todo ano temos por essa época a cerimônia da entrega dos prêmios (Oscars) da indústria do cinema norte-americano, através de sua Academia do Cinema.  Alguns filmes são lançados com antecedência no mercado brasileiro, mas os prêmios técnicos e certas atrações ficam para  a festejada noite. Não há como ignorar essa famosa transmissão, seus mitos e suas atrações, imaginando sempre que pode ter novidades e surpresas que irão compensar o enorme tempo de duração.  Já existem também os que se cansaram com o ritual e os que detestam o conjunto da obra.  No fundo pode ser um assunto que nos vai ocupar no convívio social ou laborar dos próximos dias. Dada a importância do cinema (hoje com suas extensões nas redes e na internet) temos de admitir que é o mais destacado evento para os que admiram ou trabalham nesse campo, portanto um momento imperdível para ser desfrutad0 ou criticado.

Tratemos do Oscar de 2019: Além das naturais discussões sobre as preferências de cada um, pouca coisa digna de nota aconteceu. A tendência à diversidade humana, que já se vinha ensaiando em anos anteriores deu a nota central a essa edição. Havia boa quantidade de minorias com destaques: negros, mexicanos, gordos, feios, barbudos, orientais, mulheres, mulheres negras, baixinhos, eu diria que um bolsonarista ia protestar com tanto petista e socialista no salão. Trump obviamente foi tocado de leve: a humorista inaugural, ao citar o filme mexicano candidato ao Oscar, completou que o filme não teria de pagar o muro.  E o ator Barden lembrou que o muro não seria construído com dinheiro mexicano.

O tradicional e cafona desfile no tapete vermelho, se não é evitável, devia trazer o nome de identificação do usuário, não conhecemos todas as peruas que desfilam, recomendo esperar pela revista Caras da semana. Aliás, a transmissão devia aprender com o Boninho, do Big Brother, a usar mais a linguagem gráfica na transmissão. E as mulheres deviam ser proibidas de usarem vestidos de noiva, com caldas enormes que dificultavam caminhar e para algumas dificultavam subir no palco para os prêmios.

O filme premiado, quase um experimento artesanal, sem roteiro, sem cor, e com filmagem na linha direta da história, podia receber um prêmio de criatividade e esforço experimental, mas não um Oscar, com os compromissos mercadológicos de praxe.

Glenn Close se tornou uma grande atriz, desde Atração Fatal e Ligações Perigosas, mas no filme em causa não havia papel para provocar seu desempenho acima do normal, talvez devesse concorrer para atriz coadjuvante.

O filme ganhador é um bom divertimento, mas cheio de lugares-comuns e seguimentos previsíveis. Tem possivelmente falha de roteiro. Os atores estão bem, mas o concertista não enfrenta desafio suficiente para concorrer a prêmio.  Pelo menos três filmes tratam da discriminação racial e da injustiça social, deve ser para desafiar Trump e seguidores mundo afora. Cinema de verdade, com C maiúsculo se faz fora de Hollywood e não aparece nessa festa.   Hollywood vai inaugurar um museu do cinema que será obviamente uma exaltação de toda a grandeza projetada apenas resumidamente nessas festas anuais.

 

Nenhum comentário: