segunda-feira, 23 de março de 2020

Laranja Mecânica




Para os aposentados (e aposentadas) a ocupação domiciliar já faz parte da vida cotidiana. Mas quando se faz obrigatória ela toma um sentido inédito creio que pela falta dos complementos (a ida à praia, ao bar, à galeria, ao cinema...). Fora o risco tentador de discutir as relações, felizmente já formatadas pela memória fraca. Mas o que era habitual ganha outra vestimenta quando se torna obrigatória. Então me permitam sugerir um programa de revisitar os filmes antigos que deixaram grandes lembranças em nossa memória. Um bom filme deve ser visto muitas vezes e garanto que terá coisas novas em cada visita. Ontem à tarde, por sugestão do Lucas, meu filho cineasta, reencontrei-me com Laranja Mecânica, a obra-prima de Kubrick. E ganhei de presente o livro em edição especial dos 50 anos, que é um primor (atenção professor André e primo Luciano). Penetrar nas entranhas da construção da história por Anthony Burgess e depois confrontar a versão cinematográfica de Kubrick, é um grande deleite, que recomendo fortemente. Na ausência do livro, o Google pode dar algumas pistas dessa interação. O tema, o livro e o filme não envelheceram.

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