quinta-feira, 26 de março de 2020

Negócio da China





Pode ser que a China não tenha culpa, culpa envolve intencionalidade.  Mas certamente é responsável pela origem e extensão da peste que nos assola a quase o mundo inteiro. Podia até ser considerada a primeira e verdadeira guerra mundial, pela amplitude que tomou (o que chamamos guerras mundiais implica um preconceito, pois era coisa entre as potências da época, os demais entraram de gaiatos). No meu tempo de criança um “negócio da China” significava um muito bom negócio, possivelmente ligado ao lucro com a comercialização da seda que fazia o encanto das mocinhas mais ricas e enriqueciam os mercadores em todo o mundo, por aqui os cacheiros viajantes.  Eram realmente lindas as estampas, o tato e até o cheiro eram inebriantes.  Teve ainda a pólvora, descoberta por acaso, mas também muito apreciada mundo afora. A China é um universo deslumbrante e sempre nos seduziu para o bem ou para o mal.  Tempos atrás o produto da China era precário, coisa barata que os mais ricos rejeitavam, embora fizesse a festa da periferia. No mundo do trabalho fez uma razia, explorando operários em condições aviltantes de trabalho. Mesmo os autos, que copiavam modelos ocidentais, eram depreciados. Não sei a ginástica que deve ter feito a OIT (Organização Internacional do Trabalho) para engolir os abusos do negócio chinês. Da China de hoje não preciso de ocupar, está em todas as mídias diariamente e avassaladoramente nas transações internacionais. 
Por enquanto o que nos cabe é conseguir ajuda da China para vencer o desafio da peste. Mas acharia justo buscar adiante uma compensação pelos danos vitais, materiais e morais que sua negligência ou incompetência em gerar ou frear a peste está causando ao mundo. Isso não é omitir que parte do que sofremos é resultado de anos de sacanagem dos nossos governantes, que esbanjam nosso dinheiro (maiormente vindos de impostos) em corrupção, incompetência e burrice administrativa, sem falar de ideologias desviantes dos verdadeiros caminhos civilizatórios que a sociedade precisa trilhar. Nossos governantes também deviam nos pagar de seus bolsos, seguramente recheados imoralmente pelos danos que nos causam. Vocês acham que vão aprender com a experiência do drama atual?

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