Da Sociedade
Enquanto o turismo se tornou uma
atividade destacada na economia dos países e na ocupação da sociedade, os
serviços prestados são de notória selvageria. Há uma regressão ao capitalismo
predatório. Explorando o fato do aumento exponencial de passageiros, as
companhias abusam de cobranças de todo tipo, verdadeiras miudezas que reduzem
os prazeres de uma viagem, atropelam o conforto e causam surpresas
desagradáveis na articulação de trajetos. Criam rigidezes que acabam onerando
os custos geralmente já elevados da viagem.
Cobram à parte por assentos, por malas, por parada em escalas, por lugar
no avião, por antecedência na compra, etc. Cada empresa estabelece o tamanho da
mala permitida, o que pode produzir o fato de um viajante ser barrado no meio
da viagem porque sua mala já não atende ao padrão da nova companhia ou do novo
trajeto.
Ao mesmo tempo em que os novos costumes
acrescentaram o turismo como uma necessidade, viajar se tornou uma jornada de
angústias e horrores. Mas parece que os
prazeres compensam a exploração, ou não há mesmo alternativas.
Que se cuidem as mulatas, as brancas estão
ganhando corpo do mesmo padrão de volumes e curvas, talvez no início graças às
malhações e modelagens, mas agora se nota que já entrou no DNA. É a mulher
brasileira de qualquer tom, que deixou para trás o tubinho da garota de Ipanema
e a discriminação racial.
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