A crise dos Frigoríficos
A gente já desconfiava desses frigoríficos, eles se tornaram muito
poderosos e afinal estamos no Brasil. Mas agora a gente tem certeza que pode
estar comendo merda. Como não podem exportar essa droga, ela fica para o
consumo interno. Mas é claro que vão culpar os pobres fiscais que, se
destacando de seus coleguinhas corruptos, fizeram a denúncia. E não há nenhuma
garantia que os demais frigoríficos estejam bem, apenas pode ser que não
apareceram outros fiscais com coragem para fazer denúncias. O fato é que se
perdeu o bem mais precioso, a confiança.
Especulação financeira
No
Brasil, os especuladores financeiros
fazem a festa. Eles entram à hora que querem, mordem onde querem, chupam nosso
sangue na bolsa de valores e na taxa de juros, e quando querem sair do país
pressionam a taxa de câmbio para ganhar também na recompra de dólares. Ganham
assim duplamente. E nossas autoridades financeiras são cúmplices desse círculo
vicioso.
Nos últimos anos venho criticando a
política de juros altos e câmbio do Banco Central, que empurra o país para se
concentrar na exportação de matérias primas, abdicando de tornar-se uma nação
de primeiro mundo. É verdade, reconhecendo que por vezes o Banco teve de correr
atrás para tapar buracos da política econômica. Pois agora é um dos pais do
Plano Real, Pérsio Arida, (um dos outros pais, não reconhecido oficialmente, é
o economista do BNDES meu primo Claudio Abreu) que afirma categoricamente que
desconfia da eficácia dos juros altos no combate à inflação. Pois é, por conta
desses sucessivos funcionários de bancos emprestados ao serviço público vamos
exportando dinheiro para, como dizia o insuspeito – nessa matéria -- Delfin
Neto, salvar o lucro dos capitalistas internacionais. Descoberta tardia, mas
ainda assim inspiradora.
No
Brasil, os especuladores financeiros fazem a festa. Eles entram à hora que
querem, mordem onde querem, chupam nosso sangue na bolsa de valores e na taxa
de juros, e quando querem sair do país pressionam a taxa de câmbio para ganhar
também na recompra de dólares. Ganham assim duplamente. E nossas autoridades
financeiras são cúmplices desse círculo vicioso.
PEC dos
gastos públicos
Eu não
me detive ainda para entender a tal PEC que está sendo votada à força. Mas se
vem do Meireles devemos ter todo o temor do mundo. Como sempre, no Brasil nada
é o que parece à primeira vista, temos de examinar os gatilhos e as armações. o
que está por trás. O princípio geral pode ser bom, limitar o gasto público, mas
em quê? Não queremos simplesmente limitar em saúde e educação, mais que não
gastar temos talvez é de redistribuir o gasto. Muita atenção nessa hora, o
governo atual tem outros tipos de ruindades, ainda não é o nosso governo.
É duro assistir a uma estratégia
econômica que perpetua o destino de país exportador de matérias-primas e
importador de produtos industrializados, a receita viciada e quase secular.
Isso que dá colocar neoliberal para comandar a economia do país.
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