quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Previdência

             

Previdência Social

Argumentos falaciosos contra a Previdência

Como tem acontecido com frequência os argumentos financeiros do governo são absolutamente falaciosos. Quando apontam os déficits da previdência não consideram que a geração da riqueza é atualmente apropriada por uma minoria de bilionários e a distribuição é consequentemente viciada. Os argumentos consideram apenas que o número de trabalhadores, que vai sendo reduzido pelo avanço tecnológico, não poderá dar conta dos gastos com o pagamento dos aposentados quando o que deve ser considerado é a crescimento da própria riqueza do país. É um caso de notória falácia ecológica como diria qualquer bom metodologista.  11  08  17

 

Garfo no trabalhador

Dia da Independência: No dia em que se convencionou chamar “da independência” eu leio estarrecido, mas não surpreso, que os novos (sic) poderes da república querem remunerar o trabalhador por hora trabalhada. Esse é o caminho mais claro e corrosivo para eliminar direitos trabalhistas e tratar o trabalho como mercadoria, regressando aos tempos de Marx no século XIX. Tudo isso é parte da herança maldita do PT, que nos jogou nas mãos do capitalismo abutre comandado por um banqueiro no ministério da economia (que saudade de homens como Celso Furtado!). Justamente nos momentos de crise (o capitalismo usa e abusa das crises, elas estão sempre a seu serviço), com forte desemprego, as organizações trabalhistas (sindicatos) estão fragilizadas e não conseguem enfrentar seu inimigo direto. As reformas não precisam ser sempre às custas do lado mais fraco, mas é isso que acontece. Nesses momentos o poder faz o que é certo, por exemplo, aumentar a idade de aposentadoria para melhorar a curva populacional, e junta um monte de justos direitos para varrer tudo de uma varada só. E o povo já está cansado de ir às ruas e perceber que a leitura que fazem de suas mensagens é sempre distorcida. As passeatas viciosas e remuneradas do PT ajudam no desgaste. Dia da Independência soa quase como um deboche.  07\09\2016

Lula perdeu o senso, defendeu os políticos porque mesmo roubando vão às ruas e enfrentam o povo, enquanto os acadêmicos defendem suas teses e se escondem atrás das paredes das universidades ganhando seu salário para sempre. Justo os políticos que todos se lembram ele chamou no passado de 300 picaretas! Lula precisa se decidir. 16\09\2016 Face

 

Previdência Social

O problema da aprovação de Temer é que ele acha que tem de marcar o governo dele com alguma coisa grandiosa e a Previdência poderia ser esse grande prêmio. Temer não tem noção do significado da Previdência para uma nação. Acha que é apenas um cálculo atuarial, como para Meireles é apenas uma conta corrente. E o atual Congresso não tem legitimidade nem dimensão política para a tarefa. 

 

Previdência é um instrumento de Pacto Social, pelo qual se estabelecem direitos e deveres de toda uma sociedade. Mais estreitamente é um recurso que dá à produção do país seu sentido humano e o estímulo para a produtividade, enquanto é também o modo como uma sociedade enxerga sua responsabilidade com seu passado e futuro, a solidariedade nacional.

 

Os comentaristas econômicos e políticos de plantão também não estão à altura do tema e suas contribuições à discussão não correspondem à verdadeira dimensão requerida. 

 

A Academia também encolheu e eliminou de seu universo a Economia Política de que tanto falavam seus antepassados. Em resumo, o tema requer uma grande discussão alimentada pela inteligência do país e condimentada pela participação nacional. 

 

Infelizmente vai ser mal costurado por um governo equivocado e sem dimensão estratégica.   25/10/17

O que está sendo tramado é golpe contra a cidadania.

 

 

O atual governo, incluídos os órgãos legislativos, não tem credibilidade para tocar uma reforma tão transcendental. Um mandato contestado por boa parte da população e um clima político confuso e fragilizado, não configuram um parâmetro claro e seguro para tomadas de decisões tão importantes. E mais grave, essa iniciativa não se justifica na pressa do momento porque seus efeitos serão de longo prazo, portanto não faz sentido a urgência, sem discussão com a sociedade. O argumento do ministro da Fazenda é falacioso, a reforma não altera nada as condições de retomada atual do crescimento. Não está demonstrado o perfil do chamado déficit, os dados globais escondem a verdadeira realidade. Falta transparência na demonstração do chamado déficit. O que existe é a pressa do governo para aproveitar o clima de crise e emplacar reformas que sacrificam indistintamente ganhos legítimos da sociedade ao longo de anos de luta. Se esse governo quer ser Itamar cada vez mais parece Sarney.

 

A OIT

Meus amigos sabem que o dia de hoje, 1º de maio, é especialmente importante e significativo para mim. A maior parte de minha vida profissional foi dedicada à compreensão e organização do mundo do trabalho. Como diretor da OIT e seu representante no Brasil eu vivi de perto muita comemoração de 1º de maio, aqui e no exterior.  Infelizmente o momento brasileiro não é favorável a uma relação justa entre as partes do mundo do trabalho, mas temos de pensar também no futuro.  A OIT tem enfrentado problemas intransponíveis em todo o planeta para fazer valer seus princípios e suas normas, não dirigidas a eliminar o conflito de classes, que é inerente ao sistema capitalista, mas a administrá-lo de uma forma tolerável para conduzir à paz e à justiça social.  Não conseguiria entender um mundo sem a intervenção da OIT, mesmo considerando suas limitações e por vezes sua parcialidade.

 

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