FUTEBOL
Cercar o juiz pode?
Pois é, finalmente um clube que
não é do Rio e portanto não tem compromisso com o conformismo dos clubes
cariocas Botafogo, Fluminense e Vasco, se revolta contra a óbvia parceria do
Flamengo com a Rede Globo. Mais uma vez, principalmente em pênaltis e
impedimentos, os jogadores do Flamengo cercam o juiz e dão tempo para uma
consulta externa. Em sã consciência, é impossível à vista humana enxergar se o
pé do zagueiro tocou na bola entes de tocar no atacante. Nesses casos só o
acaso da marcação do juiz. E é aí que entra o esquema rubro-negro que pelo
menos assegura que não vai haver erro contra o clube. É o Santos que afirma que um repórter da Rede
soprou pro 4º. Árbitro. E soprou
errado, pois para mim houve pênalti,
tecnicamente, não nas recentes interpretações do juizado brasileiro. O beque
chegou com tudo e apenas por milímetro tocou primeiro na bola, mas levou junto
as pernas do atacante impedindo-o de seguir a jogada: é pênalti. Mas isso não importa, o que vale é o esquema
aparente montado porque não é a primeira nem a segunda vez. O cerco ao juiz
retarda a decisão para que a consulta ocorra. Não adiantam as próprias
negativas da empresa envolvida no caso porque está comprometida pela notória
parceria comercial que favorece brutalmente o já forte clube carioca.
Concorrência desleal no futebol
Vivemos no mundo ocidental onde o sistema capitalista é
triunfante e soberbo. Sabemos que ele é altamente eficiente na produção de
riqueza, mas também na concentração de renda e na geração de consequências
indesejáveis para a sociedade e para o próprio modelo de negócios. Foi então
necessário estabelecer mecanismos de correção, não apenas para evitar a
destruição da sua galinha de ovos de ouro, a população, mas também a guerra de
extermínio entre os próprios capitalistas, para que os lobos não se devorem
entre si e para que não eliminem os cordeiros, que somos nós. Organismos
internacionais foram criados, como a OIT e a OMC, para controlar o meio de
campo e evitar que os lobos tirem proveito da força para eliminar a
concorrência desleal no mundo dos negócios.
Ainda assim vemos que governos inventam jogadas desleais com
propósitos equivocados, como a concentração dos subsídios nas grandes empresas
selecionadas pelo BNDES, e no caso do futebol a escolha do Flamengo para os
investimentos da Rede Globo. Se os amiguinhos não querem enxergar isso,
paciência. Se os dirigentes dos demais clubes não podem enxergar isso, que pena
e que merda.
E agora, José? Violência em São Januário foi uma resposta às
ameaças da organizada do Flamengo. Desde
jogos anteriores a torcida do rival tem tentado inviabilizar o estádio do
Vasco. Da outra vez quebraram tudo no estádio. Graças justamente à segurança
não houve um confronto, mas a organizada vascaína estava preparada com paus e
ferro e acabou brigando entre si. Continuo achando que as organizadas perderam o rumo e a justificativa. Foram criadas para
acompanhar o time onde se apresentasse, para manter presença em situações
adversas e estimular a grande torcida (desorganizada?). Perderam o sentido por
contaminação da violência endêmica do país. Ficamos assim: organizadas, nem cá nem lá. Pena que a mídia carioca é deformada
pelas regras de consumo do marketing publicitário e a justiça desportiva é
sectária.
Finalmente o Vasco consegue que o Globo lhe dedique duas
páginas e mostre seu escudo, coisa só permitida regularmente ao Flamengo.
Mas condenar o estádio é jogar a criança fora com a bacia. Barbárie pode
acontecer em qualquer estádio.
Justamente a boa estrutura de São Januário evitou uma invasão do gramado
com piores consequências. Mesmo no Maracanã e no Nilton Santos se mata do lado
de fora. O Rio de Janeiro, infelizmente, por culpa de seus administradores e
políticos, é um açougue. O que tem
de ser atacado e punido, são as torcidas organizadas que pela sua forma de
atuar atraem pessoas dispostas à violência e à agressão. Elas são uma praga do
futebol. Mas pelos arquivos desse jornal só a torcida organizada do Vasco é que
se constitui de vândalos. Melhor seria aproveitar o momento para condenar todas
as organizadas. Os clubes precisam promover associados e não “organizados”.
Futebol XXXXX
Meus desejos esportivos de fim de ano
são que as autoridades superiores da Rede Globo se apercebam que seu patrocínio
distorcivo a um dos clubes cariocas, em prejuízo dos demais, é perverso,
comercialmente equivocado no longo prazo, eticamente condenável e ilegal frente
à lei de direitos dos torcedores. Ao longo dos anos criou um fosso enorme entre
as torcidas desse clube e dos demais. Diariamente pode ser demonstrada a ponta
desse iceberg. Os melhores jogadores optam pelo clube parceiro porque sabem que
terão sua imagem superexposta (e sabemos que os craques ganham mais de imagem
que de salário). Isso traz vantagens no recrutamento de novos craques e
economia nos salários contratados. Hoje mesmo um jogador disputado tornou
pública sua preferência. As outras vantagens eu tenho exposto ao longo dos
últimos anos e seria penoso repeti-las nessa data. Feliz Ano Novo para todos
nós!
O
Flamengo, ópio do povo nos tempos atuais, é um monstro de duas cabeças: uma, a torcida, tomou proporções monumentais
graças à dedicação da Grande Rede, um crescimento desnecessário e
perigoso; a outra, o timinho, que luta e se mata em campo para corresponder à
expectativa da grande massa, sem êxito, apesar das incríveis ajudas de
arbitragem e agora da CBF.
A sacanagem continua: no jornal de hoje uma
página externa inteira dedicada ao parceiro e a de dentro dividida entre os menos válidos segundo critérios
supostamente de público, o Botafogo é o último, mesmo com o Vasco na secundona.
O Fla x Flu da patrocinadora (o Flu bem menor) e o Vasco mais pro lado dos
fundos, junto com Botafogo, sempre o último. Então já não é o critério de público,
é parceria mesmo. E finalmente um repórter descuidado confessa que os times da
Casa não foram rebaixados por conta do
Tapetão contra a Portuguesa. Um escândalo tão gritante que jogou a Lusa
pros infernos. Então fica posto: Graças ao tapetão o Flamengo (e o Fluminense)
não caiu. É isso, o resto é o que todos sabemos: vai chegar o dia em que o
Flamengo não vai ter com quem jogar, por aqui. Vai ser impossível jogar contra
ele. Nenhum árbitro (sic) vai estar isento (domingo o juizinho marcou um pênalti
que não existiu, para resolver logo a partida, mas o atacante desperdiçou e
olha que o time da Casa nem precisava disso, o adversário era apenas o
Figueira). Ver recortes anexos.
O
Flamengo, ópio do povo nos tempos atuais, é um monstro de duas cabeças: uma, a torcida, tomou proporções monumentais
graças à dedicação da Grande Rede, um crescimento desnecessário e
perigoso; a outra, o timinho, que luta e se mata em campo para corresponder à
expectativa da grande massa, sem êxito, apesar das incríveis ajudas de
arbitragem e agora da CBF.
No jornal Globo o Flamengo não perde,
"bate no travessão". Se já tem a maior (não necessariamente a melhor)
torcida e recebe toda essa promoção do jornal (e da Rede), a diferença com as
demais torcidas só tende a aumentar. E isso se reflete nas verbas de
patrocínio, na melhoria dos clubes, no desenvolvimento do futebol carioca, na
disposição e valorização dos respectivos atletas e na visão dos juízes,
claro. 22\01\16
Vinicius Jr joga no sub 20 do Flamengo que
disputa a Copinha São Paulo com mais 500 clubes de todo o país. Fez um gol no
fim do último jogo e o Flamengo ganhou (não sei de quem, não importa). Vinicius
Jr tem uma foto de página inteira no Globo de hoje, maior que a melhor foto que
algum jogador de Fluminense ou Botafogo tenha tido na vida profissional. Isso é
jornalismo ou parceria comercial???
Tomei um susto. Liguei para ver o jogo do Vasco
no Torneio da Florida e quem estava escalado? Éder Luiz. Impossível, pensei, nenhum técnico seria tão louco. É. E
tem a diretoria do Clube, pior ainda. O timeco do Vasco vai ficar o ano todo
arranhando o rebaixamento. Nós torcedores devemos nos preparar. Uma família
mesquinha e incompetente tomou conta do clube e não sei quando se poderá
livrar-nos desse mal. Para ganhar do Barcelona de Guayaquil hoje precisou que o
time equatoriano substituísse dez titulares.
É revoltante para um leitor do O Globo que não
seja torcedor do Flamengo ter de aguentar manchetes diárias, há trinta anos,
ocupando 80% da página de esportes e sem qualquer escrúpulo do jornal colocar
clubes como Botafogo, Fluminense e Vasco numa tirinha vertical no canto da
página. Será essa a diferença esportiva entre esses clubes, ou é a vergonhosa
sociedade comercial do jornal com o clube da Gávea? Mas afinal a página é de
jornalismo ou marketing??? Devia trazer uma advertência informando tratar-se de
matéria comercial, e descontar de minha assinatura. Até quando os outros clubes
vão ficar calados????
O amigo pode perguntar, por que continuo
assinando?! Me antecipo explicando que minha mulher gosta do Segundo Caderno e
eu tenho o hábito do papel impresso, e finalmente não há outro jornal no Rio.
Curtir · Responder · 14 de janeiro às 08:03
Rodrigo Machado Boa,
João C. Alexim Acabei de cancelar minha assinatura, dentre outras razões, por seus
comentários lúcidos sobre o jornaleco.
Curtir · Responder · 14 de janeiro às 13:17
João C. Alexim Imagine,
Conca, argentino, bom jogador, cansado de luta, ex-Vasco e ex-Fluminense, foi
pra China ganhar dinheiro, volta ao Brasil bichado, nem vai jogar já, nem se
sabe quando, e já teve três páginas inteiras de O Globo! (claro, ele não tem
culpa disso).
Meus desejos esportivos de fim de ano são que
as autoridades superiores da Rede Globo se apercebam que seu patrocínio
distorcivo a um dos clubes cariocas, em prejuízo dos demais, é perverso,
comercialmente equivocado no longo prazo, eticamente condenável e ilegal frente
à lei de direitos dos torcedores. Ao longo dos anos criou um fosso enorme entre
as torcidas desse clube e dos demais. Diariamente pode ser demonstrada a ponta
desse iceberg. Os melhores jogadores optam pelo clube
parceiro porque sabem que terão sua imagem superexposta (e sabemos que os
craques ganham mais de imagem que de salário). Isso traz vantagens no
recrutamento de novos craques e economia nos salários contratados. Hoje mesmo
um jogador disputado tornou pública sua preferência. As outras vantagens eu
tenho exposto ao longo dos últimos anos e seria penoso repeti-las nessa data.
Feliz Ano Novo para todos nós!
O Botafogo tem sido subestimado pela mídia como
clube e time. Seu presidente acaba de descobrir que precisa reativar
rivalidades esportivas como fez Eurico Miranda com o VascoxFlamengo, roubando a
preferência da Grande Rede pelo FlaxFlu. Acho que todos os quatro grandes
merecem destaque em rivalidades esportivas, esse é o sentido do esporte de
multidões, não a pregação do vale-tudo de certo time da Casa.
O Esporte da Grande Rede trata Botafogo, Fluminense
e Vasco como clubes subalternos, se a gente analisa a cobertura que dão a esses
clubes em comparação com o que dão ao clube da Casa.
Isso é uma sacanagem grossa e uma covardia, além do crime contra a lei de
direitos dos respectivos torcedores. Um dia a casa vai ter de cair.
Marcelo Cavalcante Cavalcante Dificíl. Mesmo que o mengo caia para a
terceirona, vão dar destaque ao empate (dra-má-ti-co!) que ele arrancou contra
o Íbis, com mando de campo e o juiz roubando descaradamente.
Curtir · Responder · 2 de novembro de 2016 às 18:36
Mauricio Alex Nunes João Saldanha falava sempre que jornalista
esportivo joga contra o emprego deles mesmos, pra ficar falando só de um time
não precisa de tanta gente.
O Flamengo, ópio do povo nos tempos atuais, é
um monstro de duas cabeças: uma, a torcida, tomou proporções monumentais graças
à dedicação da Grande Rede, um crescimento desnecessário e perigoso; a outra, o
timinho, que luta e se mata em campo para corresponder à expectativa da grande
massa, sem êxito, apesar das incríveis ajudas de arbitragem e agora da CBF.
Roubo previsível, gol em absurdo impedimento.
Juiz invertendo faltas.Flamengo só faz gol de bola parada, então o juizinho
toca a marcar faltinhas na entrada da área. Tudo previsível, para ganhar do
Flamengo tem de ganhar do juiz, dos bandeirinhas e da CBF!!!!
que mais me indigna é que diante de tantas
evidências os dirigentes dos demais clubes não se revoltam. Caberia a eles
defender seus respectivos clubes, mas parece que são cegos ou pouco
inteligentes.
Curtir · Responder · 1 · 23 de outubro de 2016 às 19:21
Você percebeu bem a diferença, claro que a manchete
era do Botafogo, mas na Grande Rede é o Flamengo que perde ou ganha, não tem
pra mais ninguém, o que é um crime contra o direito do torcedor (torcida do
Flamengo tem transmissão de graça). Aos poucos, André, tudo que tenho dito
vai se mostrando na prática. Você viu o dirigente da CBF dando o recado para o
distraído árbitro no Fla x Flu. O que temos de aguentar nesse país!
Curtir · Responder · 1 · 17 de outubro de 2016 às 18:03
O problema não é usar ou não recursos
extra-campo para determinar os lances do futebol, é usar o mesmo critério para
os dois lados. Fora isso, sou a favor de introduzir a revisão digital, como no
vólei. O que estranho é que desde 1980 todas as decisões polêmicas foram
resolvidas a favor do time da Grande Rede.
Eu acho que finalmente se está gerando um consenso
de que essa parceria escrota, prejudicial ao esporte, não pode continuar. Ficou
escancarado que o juiz ficou esperando uma nota de redação para ajudar o
Flamengo. Toda semana há gols como o de ontem, quem pode em sã consciência, a
olho nu, afirmar que houve impedimento, uma questão de milímetros e um monte de
jogadores juntos, em alta velocidade. Mas o Flamengo pode, tem uma redação de
plantão. Como aquela descoberta que havia um jogador da Portuguesa mal
escalado. É hora de pôr fim a essa vergonha.
Curtir
Marcio,
você é inteligente. culto e qualificado. O futebol só tem graça com zoação,
tudo bem. Mas há coisas que são antidesportivas, totalitárias e desonestas.
Essas não creio que se prestem a gozação, sobretudo de pessoas como você.
Uau
Botafogo estava agora à noite na Rede contra o Inter,
mas, incrível, o tratamento televisivo não era o mesmo, não é mostrado como uma
atração, é quase como que cumprindo obrigação.
A Grande Rede proporcionou mais um grande show
do Flamengo, às 5 da tarde, foi no Pacaembu, em São Paulo, um território
comercialmente muito importante. E na cadeia produtiva da Casa, entre o Faustão
e a Fantástico, pão e circo de volta ao povo. O Flamengo contra o ´´ultimo
colocado, um massacre previsível, considerando o espetáculo montado, a pressão
insuportável ao inimigo, comparativamente aos escravos romanos. Para finalizar
o espetáculo uma expulsão, totalmente desnecessária, mas para não perder nenhuma
das atrações de sempre. É isso, pão e circo no horário nobre de domingo.
Como o ser humano é relativo, talvez felizmente.
Uma amiga carioca, jornalista esportiva de fôlego, reclamava do tratamento
preocupantemente destorcido que seus coleguinhas paulistas dão
quando o Corinthians está envolvido, sem se dar conta dela mesma quando é o
Flamengo que está em jogo. Não imagina como devem sentir-se os amigos que não
são torcedores do time da Rede. Aliás, time não, atração da Rede.
Desculpem insistir, mas é um absurdo. Jornalismo
não é, a Rede dá tratamento de show aos jogos do Flamengo, com chamadas durante
a programação. Lembram quando o Faustão tinha uma caravana que enchia as praças
do Nordeste e Centro-Oeste? Pois é, qualquer promoção da Globo enche as praças
e por que não os estádios? Seja Flamengo ou Você Decide!
A manchete do O Globo não podia ser outra, uma
indecência com o futebol carioca, a vitória do Fluminense foi muito mais
marcante, contra o Corinthians, no campo do adversário, num jogo emocionante,
no último minuto, mas olha a diferença de destaque na primeira página em
super-colorido. Assim foi construída a serpente.
Curtir
Amei
Sutilezas de redação:Fla Se Impõe No Chile
(seria uma vitória internacional, se omite o adversário, que não chega nem a
Cobreloa). O Fluminense Acabou! (Não destaca que teve dois pênaltis ignorados
pelo juizinho, claro, o adversário era o Corinthians, o time paulista da Casa).
O Vasco, Não Deu (Nem diz que o gol do Santos teve no mesmo lance uma falta e
um impedimento). Sutilezas...
A
sacanagem continua: no jornal de hoje uma página externa inteira dedicada ao
parceiro e a de dentro dividida entre os menos válidos segundo critérios
supostamente de público, o Botafogo é o último, mesmo com o Vasco na secundona.
O Fla x Flu da patrocinadora (o Flu bem menor) e o Vasco mais pro lado dos
fundos, junto com Botafogo, sempre o último. Então já não é o critério de
público, é parceria mesmo. E finalmente um repórter descuidado confessa que os
times da Casa não foram rebaixados por conta do
Tapetão contra a Portuguesa. Um escândalo tão gritante que jogou a Lusa pros
infernos. Então fica posto: Graças ao tapetão o Flamengo (e o Fluminense) não
caiu. É isso, o resto é o que todos sabemos: vai chegar o dia em que o Flamengo
não vai ter com quem jogar, por aqui. Vai ser impossível jogar contra ele.
Nenhum árbitro (sic) vai estar isento (domingo o juizinho marcou um pênalti que
não existiu, para resolver logo a partida, mas o atacante desperdiçou e olha
que o time da Casa nem precisava disso, o adversário era apenas o Figueira).
Ver recortes anexos.
Sobre a TV Globo (esporte \ futebol)
Ontem um amigo me perguntou por que sou contra
a Globo e eu me preocupei. Preciso esclarecer. Não sou "contra" a
Globo, a mais carioca das redes de televisão, a que dá mais emprego a belezocas
(o que estariam fazendo sem a Globo?) e aos talentos audiovisuais. Critico
apenas a visão imediatista do seu departamento esportivo, que faz parceria cega
com o Flamengo e permite a esse clube, mesmo sem time, fazer show no maraca ou
onde se apresentar no país, empurrando, por contraste, os demais para o buraco. Sim, porque a Globo tem poder
de mídia para "fazer o show" de qualquer coisa, até do atual time do
Flamengo, pode fazer essa mágica de criar um astro ou promover um clube, e
escolheu o Flamengo. Eu gostaria que ela fosse mais equilibrada com todos os
clubes cariocas. Alguns amigos, ingênuos, explicam que transmite o Flamengo
porque as datas e horários coincidem com os da Globo, quando é o inverso.
Outros justificam pela grande maioria de torcedores. Sim, mas essa maioria foi
construída desde alguns anos já com ajuda da própria Globo. É isso, eu também
quero a Globo, para o Vasco, o Botafogo....
Meus
desejos esportivos de fim de ano são que as autoridades superiores da Rede
Globo se apercebam que seu patrocínio a um dos clubes cariocas, em prejuízo dos
demais, é perverso, comercialmente equivocado no longo prazo, eticamente
condenável e ilegal frente à lei de direitos dos torcedores. Ao longo dos anos
criou um fosso enorme entre as torcidas desse clube e dos demais. Diariamente
pode ser demonstrada a ponta desse iceberg. Os melhores jogadores optam pelo clube parceiro porque sabem que terão sua imagem
superexposta (e sabemos que os craques ganham mais de imagem que de salário).
Isso traz vantagens no recrutamento de novos craques e economia nos salários
contratados. Hoje mesmo um jogador disputado tornou pública sua preferência. As
outras vantagens eu tenho exposto ao longo dos últimos anos e seria penoso
repeti-las nessa data. Feliz Ano Novo para todos nós!
O Botafogo
tem sido subestimado pela mídia como clube e time. Seu presidente acaba de
descobrir que precisa reativar rivalidades esportivas como fez Eurico Miranda
com o Vasco x Flamengo, roubando a preferência da Grande Rede pelo Fla x Flu.
Acho que todos os quatro grandes merecem destaque em rivalidades esportivas,
esse é o sentido do esporte de multidões, não a pregação do vale-tudo de certo
time da Casa.
Nada justifica a violência, todo
mundo sabe disso. Mas um conjunto de
fatores pode ajudar a explicar os
acontecimentos em São Januário: torcidas patrocinadas no futebol, por sua
natureza mesma, são coletivos apropriados para pessoas mal formadas e
oportunistas exercitar seus instintos mais selvagens; dirigentes mal sucedidos
insistem em permanecer em seus postos numa atitude patrimonialista que se
repete nos clubes e na política brasileira, gerando mal estar e revolta na
população e nas torcidas reais; o clima de violência generalizada da cidade
contribui para o estresse emocional de todo mundo; juízes despreparados ou autossuficientes
multiplicam pequenas faltas e marcam
um dos times distribuindo cartões amarelos para mostrar seu poder, mas o que
mostram é arrogância e o que provocam é a irritação do time e de todos.
No caso específico, o time do
Vasco, que teoricamente seria o alvo da insatisfação da sua torcida, o time
pôde sair de campo com tranquilidade. O que explica que o time do Flamengo
tenha permanecido no gramado, esquecido da rivalidade visceral dos dois lados?
Isso pode ter sido entendido como provocação? Foi provocação ou ingenuidade? O
estádio é bonito e seguro, talvez a única coisa boa que a tal administração
terá feito. Ele não tem nada a ver com o acontecido, poderia ser em qualquer
estádio. Por que não processam e interditam o Eurico, por ilação?
O estádio em si mesmo é neutro, depende das medidas práticas
de segurança, como qualquer lugar na cidade. Se a violência justifica
interditar o estádio vamos ter de interditar o próprio Rio de Janeiro!!! Repito
que não estou justificando nada, tem mais é que acabar com torcidas
patrocinadas.
Não justifico o vandalismo de parte de torcedores vascaínos e
aqueles caras não representam a grande torcida do Vasco, ignorada pela mídia,
que também não faz estardalhaço com os erros do juiz contra adversários do
Flamengo. Se esse circo se repete, como não irritar o próprio time do Vasco que
já sabe o que o espera, como aponta Nenê. Se a mim me irrita, que diremos dos
que pagam para ir aos estádios. Essa
estória está batida, mas nem por isso é menos real.
Os problemas sucessivos que só atingem o Vasco parecem
preconceito desportivo-racial. Interditar o estádio de São Januário é um acinte
à inteligência, nenhum estádio do Brasil tem um plano apresentado 30 dias antes
do campeonato, não estaríamos falando de Brasil, mas talvez da Suíça. O Vasco é
punido por ter estádio, deve ser isso. O Rio de Janeiro não oferece segurança
para os moradores, deviam fechar o Rio de Janeiro.
Certamente, deve haver no Ministério Público e na Justiça
Desportiva torcedores fanáticos de outros clubes, porque infelizmente a paixão
daninha, não a amorosa, grassa num país dividido na política e na civilidade.
Em vez de interditar deviam estabelecer as condições para funcionar, e estender
isso a todos os estádios do país, com transparência. Como a Grande Rede criou
60% de torcedores do mesmo clube, a possibilidade de ter rubro-negros em órgãos
decisivos da cidade é muito grande. E foi um rubro-negro, de dentro de uma
prisão, que proclamou a guerra entre as organizadas para o estádio e o jogo. A
guerra não aconteceu justamente porque a segurança não permitiu. Foi a
organizada do Flamengo que, no jogo passado entre os dois clubes, quebrou toda
a parte do estádio que lhe fora destinada.
Amos parar com o
fanatismo e criar um pouco de solidariedade desportiva, os outros clubes do Rio
deviam se solidarizar com o Vasco em vez de apoiar a perseguição. Se o problema
é Eurico, por que não ajudam o Vasco pedindo a interdição dele?
Lembro que até hoje a famosa mídia exibe o incidente do jogo
do Vasco em Santa Catarina, que foi mais grave que o atual, onde a torcida
visitante, do Vasco, foi encurralada e teve de se defender. Mas não
interditaram o estádio! E ainda puniram
as vítimas, a torcida local do Vasco, onde havia até famílias. Se isso não é
discriminação......
Só para registro, que já cansei de protestar: a página
esportiva do Globo de hoje é a prova definitiva que abdicaram mesmo do
jornalismo para fazer marketing esportivo.
Mais uma vez uma foto colorida de meia página com o novo contratado do
clube da Casa, que nem mostrou serviço ainda, com um escudo de tamanho de um
elefante em destaque. Quando sai uma foto de outros clubes cariocas é em
tamanho pequeno, descolorido e quase nunca se vê um escudo, geralmente é o
goleiro ou o técnico, que não têm camisa do clube. Sinto revolta, mas a maior culpa é dos
dirigentes (sic) dos outros clubes que consentem nisso. Devem ter as pregas
presas com a empresa, os tais adiantamentos que a Globo faz a eles como os
fazendeiros faziam com os escravos, para obrigá-los a fazer parte do jogo de
dominação. Depois os amigos, boa gente mas inocentes, acham que a torcida multitudinária do Flamengo foi
construída pelo próprio clube.
Futebol
Só para registro, que já cansei de protestar: a página esportiva do Globo de hoje é a prova definitiva que abdicaram mesmo do jornalismo para fazer marketing esportivo. Mais uma vez uma foto colorida de meia página com o novo contratado do clube da Casa, que nem mostrou serviço ainda, com um escudo de tamanho de um elefante em destaque. Quando sai uma foto de outros clubes cariocas é em tamanho pequeno, descolorido e quase nunca se vê um escudo, geralmente é o goleiro ou o técnico, que não têm camisa do clube. Sinto revolta, mas a maior culpa é dos dirigentes (sic) dos outros clubes que consentem nisso. Devem ter as pregas presas com a empresa, os tais adiantamentos que fazem a eles como os fazendeiros faziam com os escravos, para obrigá-los a fazer parte do jogo de dominação. Depois os amigos, boa gente mas inocentes, acham que a torcida multitudinária do Flamengo foi construída pelo próprio clube. 13\06\17
Carminha
Concordo! A torcida
tem uma mídia que impulsiona, só isso, se os outros tivessem a mesma condição
teriam o mesmo entusiasmo....mas vamos perdoar, os pobres precisam dessa
alegria! Kkkkkkkkkk
Como tenho repetido ad náusea, marcar um pênalti contra o Flamengo só apelando pro Supremo, Se for mal marcado então nem no Supremo. Não é justo ter um time super-protegido enquanto os outros têm de malhar duro. 13\06\17
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